Hoje, ao terminar o ano de 2017, a minha última participação do ano é dedicada sim ao Homem com um H grande, contribuiu para a natação, polo aquático e ginástica no seu club de sempre do seu coração, Sport Algés e Dafundo. Esta homenagem significa que “Há muita gente que quer esquecer o passado, mas eu devo e quero recordar o passado”.
Falar do passado de Fernando Machado, é falar de um homem que muito contribuiu para o desenvolvimento da natação, Polo Aquático e Ginástica em Portugal. Teve, no meio olímpico português, uma ação muito relevante.
Há muitos anos atrás era eu um jovem praticante da natação a começar a dar as minhas primeiras braçadas na doca do Jardim do Tabaco, em Alfama, quando conheci este senhor como seccionista da natação do Algés, numa das muitas vezes que já participaram em diversas competições. O clube que eu representava tinha muita simpatia pelos diretores e técnicos do clube da linha, como era conhecido o Algés.
Foi por altura das épocas de 45 a 50 que este senhor, que era um autêntico gentelmen, se dirigiu então ao meu treinador na altura Carlos Guedes, e lhe perguntou como era possível um clube sem mínimas condições e se apresentava em todas as competições com muita gente, na altura 8 a 12 era muita gente. Foi daí que ele sempre se interessou e tentou ajudar, deixando de vez enquando irmos treinar à piscina do Algés.
Fernando Machado, uma figura que sempre admirei. Na altura uma figura desportiva não só do seu club como nacional, praticante de bom nível na natação e no polo aquático e na ginástica.
Pelo seu passado desportivo endereçou pelo dirigismo desportivo, foi seccionista, secretário geral e mais tarde presidente do seu clube de sempre, Sport Algés e Dafundo. Um senhor de um trato, amigo do seu amigo, que se interessava imenso na altura pelo movimento desportivo do País, ao ponto de ter sido convidado para membro do Comité Olímpico de Portugal, tendo no início nos anos 50 desempenhado o cargo de Tesoureiro até ao anos 80. Em 1981 foi Presidente da Comissão Executiva do COP.
Ao serviço do Olimpismo português, ocupou vários cargos, foi adjunto do chefe de Missão aos jogos Olímpicos de Roma (1960) e México (1968). Em 1972, desempenhou o cargo de chefe de Missão dos Jogos de Munique.
Representou o COP em muitas reuniões internacionais, merecendo realçar a sua presença nos vários Congressos Olímpicos. Foi idealista ativo, extremamente dinâmico. Exerceu, nos últimos anos da sua vida, uma ação preponderante no COP, contribuindo para prestigiar o dirigismo desportivo e o Movimento Olímpico, quer pelas intervenções diretamente, quer através de autorias de artigos em diversos órgãos de sociais.
Em 1983, o Comité Internacional Olímpico condecorou-o com “Ordem Olímpica” – prata. Galardão só pelo CIO a personalidades reconhecidas como grandes impulsionadores do Olimpismo.
Era Membro Honorário do COP desde 1989 até a data do seu falecimento em dezembro de 1993.
Para além de um grande amante da natação, O Movimento Associativo perdeu um homem que deve ser lembrado 24 depois do seu falecimento.
Que descanse em Paz a Sua Alma!!!!!!!!
